Sendo o
amor a tendência a se unir a um objeto considerado como um bem, abrange a
paixão e a
amizade.
A
paixão é apresentada como advento do extraordinário, como um impulso vital que nos tira da vida cotidiana e nos leva a explorar outras possibilidades de vida. É emoção intensa, exclusivista; ao mesmo tempo necessidade de fusão e de individuação que pode levar ao ciúme, à desilusão e ao rancor.
O
amor, em suas várias formas, é visto de dois modos: Como unidade e identificação total entre dois seres; e como troca recíproca entre seres individuais o autônomos. Dentro desta última perspectiva, o
amor ao contrário da
paixão, é o reino da tranquilidade, da ternura, do acolhimento do outro com suas qualidades e seus defeitos, desenvolvendo-se dentro dos limites da vida cotidiana. O
amor envolve as provas da verdade e da reciprocidade, que, se superadas, resultam na construção de um projeto comum, o qual deverá ser continuamente revisto e ajustado às necessidades de cada um dos parceiros.
A
amizade, por sua vez, é definida como relação baseada na simpatia e nas afinidades pessoais que visa o bem do outro e, consequentemente, ao próprio bem. Por essa razão, é o alicerce da vida comunitária ideal, pois cada membro da comunidade estaria contribuindo para o bem-estar geral. A
amizade se caracteriza por ser recíproca, descontínua , não exclusivista, sem sofrimento e por ser possível só entre indivíduos iguais. A partir dessas características, é possível analisar em que medida nossos relacionamentos são verdadeiramente amizades.
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